A fé se manifesta de diferentes formas
Ao ler um artigo sobre o juízo final, uma mulher de oitenta anos se perguntava: “Se Deus me perdoou, porque é que há um juízo? Entendi a sua pergunta. Tomando alguma liberdade teológica, disse a ela que o juízo depois da morte era para Deus dizer de novo a cada um de nós que estamos perdoados e para nos lembrar do bem que fizemos e tentamos fazer. A sua resposta foi: “Consolação para os batizados que se afastaram”. Estaria ela pensando não em si própria, mas nos seus filhos, a maioria dos quais não frequentava a igreja? Acho que sim. As questões religiosas de muitas pessoas encobrem frequentemente uma preocupação que têm com os outros.
Muitos pais e avós se preocupam com a falta de fé dos seus filhos e netos. É uma tristeza profunda para uma geração que fez o seu melhor para transmitir a fé e a prática. Alguns conselhos de sabedoria podem ate ajudar: ‘Deixa que Deus cuide deles, Ele os ama ainda mais do que tu’; ‘Cada um de nós encontra o seu próprio caminho para Deus e para a vida’; ‘A fé deles virá a seu tempo’. É consolador pensar que muita bondade – bondade, amor pelos pobres, oração, cuidado e compaixão – é transmitida pelos pais, mesmo que a fé de uma geração mais nova possa ser expressa de forma diferente.
Maria e José se interrrogam sobre o que terá acontecido a Jesus para fugir e os deixaer preocupados e ansiosos. A sua resposta, “Tenho que cuidar dos negócios de meu Pai”, é também relevante para nós. Muitas pessoas estão ocupadas com os assuntos do pai de formas diferentes das minhas, ou de um pai. O importante é que, de alguma forma, em algum lugar, nós, ao tentarmos viver a boa vida, estejamos “ocupados com os negócios do nosso pai”!
O teu nome é Donal Neary SJ, O Mensageiro do Sagrado Coração, janeiro de 2021