À descoberta de Deus no quotidiano

O pensamento mais consolador é que Deus está sempre connosco, mesmo nos momentos mais difíceis ou confusos das nossas vidas. Este Deus de amor que nos criou deu-nos a forma de comunicarmos conectando-nos à nossa vida interior. Esta vida é feita de sentimentos e emoç\oes, ou seja, a matéria-prima dos movimentos de Deus em nós. Através da reflexão e da contemplação, podemos aprender a encontrar a vontade de Deus e a com ela colaborar. Muitas vezes, temos de renunciar aos apegos e ao nosso sentimento de controlo para encontrarmos Deus. A outra boa notícia é que Deus está sempre a oferecer-nos uma nova oportunidade. Como São Paulo afirmou, nada poderá separar-nos do amor de Deus. Há sempre um caminho para voltar a casa. Não temos de esperar milagres extraordinários nem momentos espetaculares. O que há são formas concretas de viver, orar e refletir na nossa experiência que nos permitem descobrir Deus na nossa vida quotidiana.

Discover God Daily: Seven life-changing moments from the journey of St Ignatius Brendan McManus SJ e Jim Deeds (páginas 95 e 96)

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A experiência do deserto

Muitas vezes, o mais importante é saber renunciar a objetivos e expetativas irrealistas e, em vez disso, ter em conta a realidade em que nos encontramos. Sermos flexíveis, criativos e tomarmos boas decisões em circunstâncias específicas é mais difícil do que parece, pois os planos rígidos, os ideais e metas pré-definidas podem levar a melhor. A liberdade inaciana consiste em renunciar a estes apegos ilusórios para tomar decisões melhores. “A prudência é a parte melhor do valor” significa, em linguagem inaciana, que o discernimento a fim de tomar boas decisões implica uma postura de humildade perante a realidade.

Brothers in Arms, Brendan McManus SJ (páginas 57 e 58)

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À descoberta de Deus no quotidiano

Encontrar Deus na confusão das nossas vidas é muito difícil. Muitos preferem refugiar-se em experiências higienizadas, beatíficas e «santas», afastando-se para longe da arrogância que nos rodeia no dia a dia. O desafio continua a ser acreditarmos que Deus está connosco e que, embora não seja a causa do caos e da imprevisibilidade da vida, age poderosamente para nos formar e modelar através destas experiências. Pensemos na imagem do oleiro e do barro (Jeremias 18: 1-4), em que o desfazer e o refazer revelam a natureza do cuidar amoroso de Deus, e as ideias de perfeição e de «acertar à primeira» não servem.

Discover God Daily: Seven life-changing moments from the journey of St Ignatius Brendan McManus SJ e Jim Deeds

(página 8)

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Na nossa procura de melhor qualidade de vida, é importante questionarmo-nos se temos liberdade interior e ponderarmos o verdadeiro objetivo da nossa vida. Neste contexto, a doçura e a humildade também são importantes. É quase inevitável sentirmos apegos que impedem o nosso eu interior de ser livre. Quando eu era jovem jesuíta, um irmão jesuíta mais velho falou-me de coelhos brancos: um menino mostrou o seu armário dos brinquedos ao melhor amigo e disse-lhe que gostava muito dele e que, por isso, o amigo podia escolher o brinquedo que quisesse como prenda, exceto o coelho branco, pois esse o menino guardaria para si. Todos temos alguns coelhos brancos – coisas grandes e pequenas, atitudes, certas dinâmicas – aos quais somos mais apegados do que gostaríamos e dos quais por vezes não nos orgulhamos. É próprio da natureza humana, e é um grande passo admitirmos para nós próprios que os coelhos brancos existem. Talvez à medida que os anos passam possamos despedir-nos do nosso coelho branco, mas é muito provável que outra coisa o substitua.

Na nossa procura de melhor qualidade de vida, é importante questionarmo-nos se temos liberdade interior e refletirmos sobre o verdadeiro objetivo da nossa vida Neste contexto, a doçura e a humildade também são importantes. É quase inevitável sentirmos apegos que impedem o nosso eu interior de ser livre. Quando eu era jovem jesuíta, um irmão jesuíta mais velho falou-me de coelhos brancos: um menino mostrou o seu armário dos brinquedos ao melhor amigo e disse-lhe que gostava muito dele e que, por isso, o amigo podia escolher o brinquedo que quisesse como prenda, exceto o coelho branco, pois esse o menino guardaria para si.

Todos temos alguns coelhos brancos – coisas grandes e pequenas, atitudes, certas dinâmicas – aos quais somos mais apegados do que gostaríamos e dos quais por vezes não nos orgulhamos. É próprio da natureza humana, Ie é um grande passo admitirmos para nós próprios que os coelhos brancos existem. Talvez à medida que os anos passam possamos despedir-nos do nosso coelho branco, mas é muito provável que outra coisa o substitua.

Living with Ignatius: On the Compass of Joy , Nikolaas Sintobin SJ (páginas 36 e 37)

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Discernimento

O discernimento consiste em procurar tomar uma boa decisão com base na situação em que nos encontramos. O primeiro nível do processo de decisão implica identificar os prós e os contras, ou seja, as razões para adotar ou não uma determinada decisão. As situações são complexas e muitas vezes estão em fluxo, e com vários fatores em causa. Existe um elemento de reflexão, a fim de criar espaço para examinar a decisão sob vários ângulos. Porém, é um processo que leva algum tempo e não deve ser apressado.

Brothers in Arms Brendan McManus SJ (página 8)

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